quinta-feira, 28 de maio de 2015

Nova dieta propõe cinco dias de fartura e dois de jejum

Nova dieta propõe cinco dias de fartura e dois de jejum

Mulher olhando para cinco alimentos, duas frutas e três guloseimas

Nova moda nos Estados Unidos e na Inglaterra, o regime baseado no livro ‘The Fast Diet’ propõe que a pessoa coma à vontade durante cinco dias e nos outros dois, apenas 600 calorias
A Dieta do Jejum, também conhecida como ‘dieta 5X2’, foi criada pelos jornalistas Michael Mosley e Mimi Spencer e diz que a pessoa pode comer à vontade durante cinco dias da semana, mas deve reservar os outros dois para ingerir no máximo 600 calorias.
Nova moda na Inglaterra e nos Estados Unidos, a dieta foi baseada no livro ‘The Fast Diet’ e já está na lista dos mais vendidos nos dois países. Mosley, especializado em assuntos médicos, disse que o regime se baseia no trabalho de cientistas britânicos e norte-americanos que dizem que o jejum intermitente ajuda as pessoas a perderem mais gordura e a reduzirem o colesterol. Ele ainda ressalta que o sucesso deve-se ao fato da dieta levar a uma redução constante de peso, cerca de meio quilo por semana.
A dieta propõe basicamente que, após os dois dias de restrição calórica, a pessoa possa escolher os alimentos que desejar ingerir, sem estipular o tipo e a quantidade. “A variação brusca e repentina na composição da dieta e na rotina alimentar pode tanto alterar o equilíbrio do metabolismo, quanto o comportamento do indivíduo na sua relação com o alimento.
Se o plano alimentar que a pessoa segue não contar com os nutrientes necessários para que o organismo execute as suas atividades metabólicas adequadamente, o corpo pode apresentar sintomas da falta ou deficiência destes elementos”, afirma a nutricionista do Einstein, Gabriela Tavares Braga.
Inicialmente, o Serviço Nacional de Saúde (HNS) britânico manifestou dúvidas quanto à dieta e seus efeitos a longo prazo, alertando para os possíveis efeitos colaterais: insônia, falta de ar, irritabilidade, ansiedade e sonolência diurna. Porém, com o crescimento da sua popularidade, o NHS começou a rever a dieta e seus efeitos e, no mês passado, o órgão anunciou em seu site que a Associação Dietética Britânica (BDA) reviu um estudo realizado em 2011 em Manchester, que diz que a dieta pode contribuir para a redução do risco de certos tipos de câncer associados à obesidade, como o câncer de mama.
De acordo com a nutricionista Gabriela, cada indivíduo apresenta a sua própria necessidade de ingestão calórica diária, que varia de acordo com seu peso, idade, gênero, prática ou não de atividade física, entre outros fatores. Este valor, medido em quilocalorias (Kcal), representa a energia que o seu corpo precisa receber por meio da alimentação para exercer as suas atividades diárias, sendo estas desde a produção de células, até a prática de um esporte, por exemplo. “Quando a perda de peso é indicada, uma dieta hipocalórica deve ser seguida, porém, o valor calórico diário a ser ingerido deve ser estipulado garantindo a oferta de calorias e nutrientes necessários para que o organismo exerça as suas funções vitais. Caso contrário, podem ocorrer prejuízos no metabolismo dos nutrientes”, diz a nutricionista.
A especialista ainda alerta que uma dieta para perda de peso não deve apenas contemplar um valor adequado de calorias para a saúde ser mantida ou alcançada, mas também de nutrientes como proteínas, carboidratos, ácidos graxos essenciais, vitaminas, minerais, entre outros. “A perda de peso deve ocorrer de maneira saudável e, além de mudanças na alimentação, outras medidas comportamentais podem ser adotadas, como a prática de atividade física orientada por profissional capacitado”, conclui Gabriela.
A falta de um acompanhamento multidisciplinar pode deseducar o organismo nos cinco dias livres e pode fazer com que o indivíduo ganhe peso com o passar do tempo. De acordo com a nutricionista do Einstein, o ganho de peso é resultante do valor da ingestão calórica maior do que aquele dispensado pelo organismo. Assim sendo, qualquer dieta que apresente um valor calórico total maior do que aquele que a pessoa gasta diariamente em suas atividades, poderá acarretar no ganho de peso.
Fonte: Gabriela Tavares Braga, nutricionista

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